Domingo, 15 de Janeiro de 2006

tres anos depois

crianca.jpg

Passaram três anos desde o dia em que abriste os olhos para ver o que te rodeia , não trazias bagagem , mas pressa em chegar, vieste ligeiramente adiantado, talvez estivesse cansado de estar fechado no meu ventre e quisesses conhecer o mundo cá fora. Um mundo que eu te fui dando a conhecer enquanto estiveste dentro de mim e te tentava proteger de tudo que te podia magoar.

Logo nas primeiras horas e dias de vida, mostraste a tua personalidade apesar da tua pequenez .
No primeiro dia que vieste para casa lá fora a chuva batia forte na janela, o frio estava instalado nas paredes e no meu cansaço, na minha falta de forças para te ouvir gritar a noite inteira e sem saber como te fazer calar, parecia que cada tentativa falhava e eu não tinha forças para lutar mas não desisti!
Como nunca desisti ao longo destes três anos em que nunca foste uma criança fácil, a determinação, a teimosia são o teu cartão de visita, tal como a tua vivacidade e alegria!

És hoje um matulão que nada tem haver com o bebé pequeno e enrugado de há três anos atrás, mas continuas com um ar de bebé crescido…a tua linguagem vai se aperfeiçoando em cada dia que passa, mas hoje tiveste um “ contador” que toca e faz barulho ficaste feliz, na hora de apagar as velas e não deixaste o teu irmão apagar por ti…Estavas eufórico com a “ pesta”

Ao longo destes três anos tanta coisa mudou na tua vida, na minha …afinal apenas três anos de vida algo atribulados. Não tens sido um marinheiro fácil de comandar embora sejas um marinheiro meigo e carinhoso mas também um pouco agitado…nunca estás parado ou quieto!

Agora repousas meu marinheiro cansado por um dia em que foste o rei , o centro das atenções…

Sabes marinheiro sei que daqui para a frente vais ser mais forte, determinado e mais difícil de conduzir…mas eu só quero estar presente para partilhar os dias de alegria como o de hoje e os de tristeza que a vida te irá oferecer….sei que as tuas pernas vão crescer e vais te soltar do meu colo, mas quero que saibas meu marinheiro que podes contar sempre com o meu abrigo, sempre te irei aceitar mesmo com o teu ar rebelde e traquina, vou tentar sempre aconselhar-te nem que não me ouças ou sigas e irei enquanto puder proteger-te , sorrir-te saber ouvir-te e encantar-te nem que já não queiras ouvir as minhas histórias de embalar nem que me deite ao teu lado para dormir…

Agora descansa meu marinheiro, sei que de noite vou ouvir os teus passos em direcção ao meu “camorote” pego em ti e abraço-te contra mim! Tento acalmar-te e ficamos os dois até ao amanhecer…

Amanhã é mais um dia de tropelias e brincadeiras, de sonhos e fantasias…

Descansa marinheiro!
pensadora
publicado por pensadora2 às 21:18
link | favorito
De Anónimo a 16 de Janeiro de 2006 às 11:48
O tempo voa e nem nos apercebemos, mas é assim msm.
Jokas VampirescasBlack_Vampire / Deuza
(http://vamps.blogs.sapo.pt/)
(mailto:deuza@hotmail.com)


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