Terça-feira, 6 de Setembro de 2005

resistência humana...

banco de jardim2.jpg


“ A vida é o oceano . A tristeza e a felicidade são os ventos.
Os Pensamentos são as pontas das montanhas, que se erguem como ilhas.
A vida de uma pessoa é o seu veleiro”
(Chao Lung Wen)


Hoje começaram a cair as primeiras chuvas já com um cheiro a Outono. As Chuvas são necessárias mas ao mesmo tempo deixam alguma nostálgia no ar e uma certa saudade do tempo quente e isso faz-nos pensar um pouco. Pensamos que há momentos na vida em que pensamos já não ter capacidade para aguentar tanta tristeza ou sofrimento, que chegámos ao limite das nossas forças. Esse desânimo pode ser um cansaço quase permanente provocado por dificuldades físicas, doenças , problemas económicos , falta de confiança em si próprio.
Mas se deixarmos vir ao nosso pensamento momentos da história e lembrarmos os prisioneiros de guerra, os povos que vivem ou em constante sobressalto com a fome e a doença sempre no ar. Ou simplesmente recordarmos histórias verídicas ou filmes que nos marcaram, como o “ Pianista” ou “ Mentes Brilhantes” apercebemo-nos de que afinal o ser humano tem uma capacidade de resistência em situações limites que ele próprio desconhece.
Não importa a idade que temos porque esta vontade de desistir não escolhe crianças, jovens ou pessoas com mais idade, acontece simplesmente. Mas essa força de resistir só acontece se tivermos um objectivo de vida, algo em que acreditamos e assim não estaremos a chegar ao fim mas ao princípio. O ser Humano só perde as forças quando deixa de acreditar em si , nos seus ideais, aí sim, deixa de viver e passa a sobreviver no mundo que o acolhe. Quando perde o leme do seu veleiro começa a fraquejar, porque nada parece fazer sentido!
Mas o ser humano não precisa de seguir sempre pelo mesmo caminho, sempre perseguindo os mesmos objectivos e ideais; se eles já não fizerem sentido em sua vida terá sempre uma segunda oportunidade de seguir outros rumos.
Reclamamos com os outros, que nos ajudam como se eles fossem os condutores da nossa vida ou tivessem como obrigação construir para nós os sonhos perdidos! Nós é que somos os arquitectos da nossa própria vida, desenhamo-la a preto e branco ou com cores fortes e coloridas. E a diferença está na cor que utilizamos, nos tons com que preenchemos cada canto e recanto da nossa existência e com a qual viveremos .
Sentirmo-nos frágeis, sem ânimo é próprio do ser humano, ninguém é intocável, e por vezes vivemos situações que nos destroem por dentro e por fora. Não conseguimos mais esconder a situação em que nos encontramos. Só que depois de todas as quedas dadas e das vezes em que nos levantamos era injusto desistirmos agora.
Levantar após cada queda, curar as feridas e olhar em frente é o nosso caminho em direcção ao futuro! Fazermos algo por nós próprios e não ficarmos à espera de que os outros construam os nossos alicerces. Existem pessoas que nos ajudam na construção da nossa obra que marca a nossa passagem neste mundo. Mas nós é que temos que ser os mestres e os obreiros, porque senão não deixaremos marcas e não seremos lembrados por aquilo que fomos, mas por aquilo que poderíamos ter sido.
O ser humano tem uma capacidade que ele próprio desconhece da sua capacidade de resistência, cai, levanta-se só precisa de acreditar em si próprio e não se deixar arrastar, ou ficar parado como as águas turvas de um riacho.
Tem de se deixar deslizar pelas margens da vida como um rio em direcção à foz, saber que a sua vida tem um objectivo, um sentido!
Mesmo disfarçando um sorriso, uma alegria que não tem , o mundo não pára! Ele terá de recomeçar nem que para isso tenha que esconder ou deixar cair uma lágrima pelo rosto, limpá-la e continuar a sua obra. A obra inacabada que é a vida.

pensadora

publicado por pensadora2 às 20:34
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16 comentários:
De Anónimo a 12 de Setembro de 2005 às 12:13
A chuva por vezes também me deixa meio nostálgica, e também me faz pensar...
Nos ultimos tempos entao, aprendi muitas das coisas que vi agora estampadas também nas palavras que escreveste. O texto está formidavel!
Realmente por vezes vamos buscar forças nem nós sabemos muito bem onde... Mas caímos, e levantamo-nos, umas vezes mais rapido outras nem tanto, mas a vida continua... e há que aproveita-la...
Beijinhos e uma boa semana!*meialua
(http://fragmentosdalua.blogdrive.com)
(mailto:luamagica@hotmail.com)


De Anónimo a 11 de Setembro de 2005 às 22:01
Oi!
Cá estou eu novamente a fazer-te uma visitinha, e para dizer-te que o teu blog continua lindo e tb te quero desejar uma boa semana. Queria-te pedir que participasses num concurso de umas amigas minhas, se participares não te esqueças de dizer que vais da parte do blog SOL E LUA.

O concurso é:http://cmybeuatifulblog.blogs.sapo.pt/

Fátima
(http://meuamorsolar099.blogs.sapo.pt)
(mailto:sol_lua025@hotmail.com)


De Anónimo a 11 de Setembro de 2005 às 17:03
Ao ver este post lembrei uma frase...é npo ponto mais escuro da noite que começa a amanhecer...o teu Blog é um pouco dessa luz...obrigadasandra nunes
(http://http/www.contagemdecrescente.blogs.sapo.pt)
(mailto:sandrablog@sapo.pt)


De Anónimo a 10 de Setembro de 2005 às 19:24
GRANDE TEXTO!!!Que nos leva a meditar em várias situações da vida. Lembro-me por exemplo daqueles humanos que se deixam caír por terra e não se querem levantar, desistindo da vida, que é o caso de muitos (mais nas grandes cidades)que vagueiam sem rumo e por vezes, quando se lhes oferece ajuda, recusam-na simplesmente. Também aqueles que devido a problemas e contrariedades na vida decidem trágicamente por termo a ela. Vale a pena ler o texto!Um bom fim de semana.segundavida
(http://segundavida.blogs.sapo.pt/)
(mailto:melo887@sapo.pt)


De Anónimo a 10 de Setembro de 2005 às 11:14
um pensamento muito bem descrito.. as resistencias e fraquezas do homem... gostei bastante do que li.. relamente é verdade nós por vezes vamos buscar forças onde menos esperamos e conseguimos vencer mm k parecesse impossivel.. e capacidade de solidariedade humama é tão grande mas ´so vista qd acontecessem grandes catatofres.. se conseguimos mudar o mundo qd acontecem coisas assim pk nao o fazemos no dia a dia... ? beijos Luna
(http://soproslunares.blogs.sapo.pt)
(mailto:homepageumd@sapo.pt)


De Anónimo a 10 de Setembro de 2005 às 01:04
Oi...vim agradecer a tua visita...acho k n te conheço mas és smp bem vinda.... jokas....Moon Priestess
(http://nomundodalua.blogdrive.com)
(mailto:golfinha80@hotmail.com)


De Anónimo a 10 de Setembro de 2005 às 00:08
Gostei do que li... um belo pensamento, uma bela observação e me revi um pouco... ;) beijinhos e intéAran_aran
(http://capricornioemim.blogs.sapo.pt/)
(mailto:aran_aran@sapo.pt)


De Anónimo a 9 de Setembro de 2005 às 06:43
Tens toda a razão kdo afirmas que a vida é uma obra inacabada. Somos nós ke a construimos, bem ou mal, na tentativa de no fim podermos pensar algo de bom acerca de nós. Também a mim puseste-me a pensar nisto tudo e afinal de contas somos todos uns resistentes. Um beijo, amiga.zzeka
(http://vamps.blogs.sapo.pt)
(mailto:zzeca855@hotmail.com)


De Anónimo a 8 de Setembro de 2005 às 21:58
nem sempre conseguimos alcançar todos os nosos sonhos neste imenso mar. se toda a obra fosse acabada, seria difícil ver o seu valor enquanto uma obra completa pois não imaginaríamos o que está para além dela...adorei "o pianista" =]. 1001 beijitos..Pensamentos em Branco.
(http://pensamentosembranco.blogs.sapo.pt)
(mailto:anakatcc@hotmail.com)


De Anónimo a 8 de Setembro de 2005 às 15:36
Bela frase... e bela imagem... Gostei!Cláudia
(http://www.timon.blogs.sapo.pt)
(mailto:claudiapcs@sapo.pt)


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