Sexta-feira, 30 de Setembro de 2005

amigos, vou parar por uns tempos...

barreira.jpg



Há momentos na vida em que nos debatemos com imensas dificuldades e as coisas que até ai nos davam prazer deixam de dar ou não as conseguimos realizar.
Não me vou afastar definitivamente mas preciso parar um tempo, talvez venha de vez em quando espreitar, mas por razões de saúde vou deixar de escrever com tanta frequência.
A vida já me testou várias vezes, já tive que vencer várias barreiras esta será mais uma mas infelizmente está a mexer bastante comigo até porque ainda me encontro na fase do despiste da doença e eu como sou tão especial tinha de arranjar uma doença de difícil diagnóstico e crónica ( Sorrisos). Não morrerei dela, mas ela ficará comigo para sempre causando-me muitas dores e mau estar. Até o simples teclar me provoca dores. Por isso não ando com capacidade para escrever, ou ler, ou pintar…neste momento tenho que canalizar as minhas energias nos meus dois marinheiros, e na minha vida profissional porque tenho que continuar a viver, pois as contas não param no fim do mês e os meus marinheiros precisam de mim! Só me têm a mim!
Hoje foi um dia difícil porque tive de tirar o meu marinheiro mais pequeno da Creche que ele tanta gostava e coloca-lo num ao pé de casa para me poupar a esforços. Doeu-me muito ir buscá-lo e saber que Segunda vou levá-lo para um sitio estranho para ao pé de pessoas que ele não conhece! Não vai ser fácil mas as crianças adaptam-se tal como nós e eu tento acreditar que ele não irá sofrer muito. Mas eu sofri muito a tirá-lo de lá porque lá sabia que estava bem e era amado, mas obrigava –me a fazer alguns Km e neste momento estava a ser complicado.
Amigos obrigada a todos por as palavras de carinho e força que me foram dedicando, espero que continuem apoiar-me e eu prometo voltar quando me sentir mais calma e tiver mais certezas deste mau estar que se resolveu instalar no meu corpo na minha mente e me está aos poucos a modificar a vida e os meus hábitos, mas acreditem neste momento não conseguiria manter este blog com assiduidade que gostava nem com os textos que sempre gostei de escrever. Seria um blog pobre e sem sentido, por isso prefiro-me calar…
Obrigada a todos….uma lágrima caiu….mas depressa sorrirei a vida tem me ensinado a esconder as lágrimas com um sorriso…
Até já…
pensadora


publicado por pensadora2 às 17:59
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Terça-feira, 27 de Setembro de 2005

o jardim da nossa alma...

jardim.jpg


Esta noite enquanto deixava o sono aproximar-se de mim, dei comigo a pensar que a noite e a nossa vida são o reflexo do cuidado que dispensamos ao jardim da nossa alma.
A nossa alma é um jardim que devemos regar, com a água do carinho, e do amor, para poder florescer uma vida alegre em nosso redor.
Se cuidarmos bem o nosso jardim, com carinho e amor será como um vale encantado para florescer cheio de flores bonitas.
Uma vida com amor será uma vida que renasce das cinzas e vai-se florindo na felicidade e esvaziando de tristeza.
Um amor que renasce , uma vida que floresce, um alegria que chega uma amizade que se fortalece.
O amor tal como amizade são sempre bem-vindos em nosso jardim, por vezes a diferença entre ambos é tão ténue que só a conseguimos distinguir pelo desejo físico, pelas carícias trocadas.
Amor e amizade desde que sejam verdadeiros são alegria do nosso jardim.
Que importa se é amor ou amizade? O que importa definir por palavras o que sentimos por alguém o importante é saber cuidar bem do jardim da nossa alma, com carinho, afecto e muita calma…para que cada dia seja mais um dia de alegria bem pertinho da felicidade!

pensadora
publicado por pensadora2 às 19:36
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Sexta-feira, 23 de Setembro de 2005

ao encontro do anoitecer...

floresta.jpg
A tarde vai correndo ao encontro do anoitecer e eu continuo na minha melancolia.
O Outono chegou com ele tudo parece mais frio. As noites mais longas e solitárias.
As primeiras chuvas vão começar a cair e com elas lavamos a alma e molhamos o exterior. As lágrimas são confundidas com orvalhos e por isso passam despercebidas no meio da multidão.
A multidão, os amigos, os colegas de trabalham já se habituaram a ver o nosso rosto pela manhã que já nem se apercebem se sorrimos ou choramos. As pessoas olham-se mas muitas vezes não se vêm. Cada uma anda atarefada demais com o seu dia a dia, com os seus problemas reais ou inventados, porque há algumas pessoas que inventam problemas ou sofrem por antecipação. O Ser Humano tem uma tendência para o sofrimento, para se sentir triste por qualquer contrariedade. Somos um povo sofredor, a história fez de nós o único povo com a palavra saudade no dicionário, não que os outros povos não sintam saudade ou tristeza mas nós temos uma característica mais sofredora, talvez pelo tempo de ditadura, por partirmos cedo às descobertas e deixarmos mulheres e crianças entregues a si próprias. Temos como música característica o fado que entoa melodias de saudade, de tristeza de abandono, de solidão e amores não correspondidos.
Com a chegada do frio há uma tendência natural para nos fecharmos mais em casa, sairmos menos. Ficarmos a ouvir o vento a bater forte nas vidraças, a chuva que cai no chão e salpica tudo à sua volta Todas estas características levam-nos a refugiarmo—nos no nosso canto, na nossa solidão. Na nossa vontade de ficar em casa, mesmo que nos apeteça sair mas o Inverno passa a ser uma desculpa aceitável. No Verão temos menos razões aparentes e o próprio Sol convida-nos a espreitar pela janela, a ir ver o mar ou simplesmente caminhar a pé com destino a lado nenhum. Mas ao caminharmos sentimos que vamos em direcção a algum lugar, talvez à felicidade ou à procura de algo que perdemos com o passar dos anos. Às vezes nem sabemos o que procuramos ou o que queremos encontrar, quem sabe uma luz ao fundo do túnel para tornar as noites menos escuras e os dias mais solarengos, embora pouco aqueçam a alma ou nos façam sorrir.
Para já o Sol ainda brilha mas o frio já se faz sentir. A noite bate à porta mais cedo e o dia demora mais a despertar . Nós sem tempo para olhar um dia de cada vez! Estamos sempre à espera do fim de semana ou das férias nem que seja para ficarmos fechados dentro de casa a olhar os ponteiros do relógio avançarem devagar. Sem pressa ao ritmo do nosso coração que muitas vezes não acompanha o nosso pensamento. Esse viaja por o passado e futuro , não pede autorização e percorre sítios e sentimentos que queríamos apagar do nosso sentir.
Perdemo-nos na poeira da saudade enquanto pisamos as folhas secas que vão caindo ads àrvores como lembranças de outros tempos...
pensadora


publicado por pensadora2 às 19:41
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Segunda-feira, 19 de Setembro de 2005

“ Cinderela Man”…

rolos fotografia2.jpg


A vida é um puzzle gigante em primeiro lugar tentamos fazer os cantos , porque essa é a base da nossa subsistência. São grandes coisas que nos marcam a vida e o percurso que tomamos. A profissão , o curso, o casamento , o nascimento dos filhos e algumas vezes depois do puzzle ter todos os cantos encaixados os mesmos teimam em cair. Há o desemprego, as mudanças de casa, o divórcio e tantas coisas que fazem abalar toda a estrutura da nossa existência.
Mas lá no meio existem pecinhas mais pequeninas que nos fazem respirar , sorrir no dia – a – dia. Uma conversa com os amigos, um bom livro que lemos e nos fez que pensar, uma melodia trauteada vezes sem conta. O café da manhã que nos acorda para o dia.
Um filme que vimos com uma história que nos comoveu, o som a imagem o desempenho dos actores e tantas vezes vestimos a pele daqueles personagens como se a história fosse nossa. Como se naquela tela estivesse a passar bocados da nossa vida, dos nossos medos e anseios.
Este fim de semana fui ao cinema o que já não acontecia algum tempo por razões várias, fui ver um filme que me marcou que tem o título deste texto, um filme forte intenso que retrata a sobrevivência de uma família que tem tudo e de repente fica sem nada. ( Não vou contar o filme para não tirar o interesse a quem quiser ver!)Mas deu-me que pensar!
Talvez devido às minhas vivências à minha maturidade às barreiras que tive que vencer, não pude passar indiferente a uma história de sobrevivência tão marcante e uma história de amor tão forte nos maus momentos. Muitas vezes nas dificuldades olhamos para o lado e não temos porta nenhuma aberta todas se fecharam atrás de nós. E fez-me pensar que não somos nada que hoje podemos estar bem , no auge com uma vida certinha e até folgada e de repente por motivos vários, doença, desemprego, separações, guerras…as peças do puzzle desmoronam-se e de repente olhamos em volta e só vimos peças soltas que lutamos por encaixar , mas que vão caindo uma a uma e nós tentamos desesperadamente não deixar destruir toda uma vida …e lutamos e fazemos coisas que nos magoam e magoam aqueles que amamos porque achamos que é o mais correcto já que estamos num beco sem saída….
“ Cinderela Men” um filme que recomendo e que faz pensar se vivemos ou sobrevivemos?...Que controle temos nós sobre a vida que levamos?

pensadora
publicado por pensadora2 às 20:16
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Segunda-feira, 12 de Setembro de 2005

o que fiz eu?...

abraco.jpg



O que fiz de mim?
Abri mão de uma vida segura
Fiz-me peregrina em busca
da ilusão,
no sonho da paixão tentei achar protecção!

Procurei ter o direito de me encontrar,
envolvendo-me na realização
de tantos sonhos...
de tantos projectos
de tanto tempo perdido!

Achei-te ao tentar encontrar
o caminho perdido
e com emoção aceitei tua mão estendida!

Teu olhar tocou o mais íntimo reduto onde busquei refúgio.
Julguei que existia sentimento...
Acreditei na imagem de um futuro a dois!

Mal podia imaginar que doloroso
poderia ser o distanciamento
que impusemos sem querer ...
por infinitos desencantos,
perdas que machucaram
e transformaram meu coração
numa ferida em chaga!

Parto outra vez, busco por
ermas paragens
o amor que criei em lúcidas imagens
e que em vão imaginei
encontrar nos teus braços...

Só que o sonho termina
e se dissolve
num simpes...
Adeus!
publicado por pensadora2 às 20:01
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Terça-feira, 6 de Setembro de 2005

resistência humana...

banco de jardim2.jpg

“ A vida é o oceano . A tristeza e a felicidade são os ventos.
Os Pensamentos são as pontas das montanhas, que se erguem como ilhas.
A vida de uma pessoa é o seu veleiro”
(Chao Lung Wen)


Hoje começaram a cair as primeiras chuvas já com um cheiro a Outono. As Chuvas são necessárias mas ao mesmo tempo deixam alguma nostálgia no ar e uma certa saudade do tempo quente e isso faz-nos pensar um pouco. Pensamos que há momentos na vida em que pensamos já não ter capacidade para aguentar tanta tristeza ou sofrimento, que chegámos ao limite das nossas forças. Esse desânimo pode ser um cansaço quase permanente provocado por dificuldades físicas, doenças , problemas económicos , falta de confiança em si próprio.
Mas se deixarmos vir ao nosso pensamento momentos da história e lembrarmos os prisioneiros de guerra, os povos que vivem ou em constante sobressalto com a fome e a doença sempre no ar. Ou simplesmente recordarmos histórias verídicas ou filmes que nos marcaram, como o “ Pianista” ou “ Mentes Brilhantes” apercebemo-nos de que afinal o ser humano tem uma capacidade de resistência em situações limites que ele próprio desconhece.
Não importa a idade que temos porque esta vontade de desistir não escolhe crianças, jovens ou pessoas com mais idade, acontece simplesmente. Mas essa força de resistir só acontece se tivermos um objectivo de vida, algo em que acreditamos e assim não estaremos a chegar ao fim mas ao princípio. O ser Humano só perde as forças quando deixa de acreditar em si , nos seus ideais, aí sim, deixa de viver e passa a sobreviver no mundo que o acolhe. Quando perde o leme do seu veleiro começa a fraquejar, porque nada parece fazer sentido!
Mas o ser humano não precisa de seguir sempre pelo mesmo caminho, sempre perseguindo os mesmos objectivos e ideais; se eles já não fizerem sentido em sua vida terá sempre uma segunda oportunidade de seguir outros rumos.
Reclamamos com os outros, que nos ajudam como se eles fossem os condutores da nossa vida ou tivessem como obrigação construir para nós os sonhos perdidos! Nós é que somos os arquitectos da nossa própria vida, desenhamo-la a preto e branco ou com cores fortes e coloridas. E a diferença está na cor que utilizamos, nos tons com que preenchemos cada canto e recanto da nossa existência e com a qual viveremos .
Sentirmo-nos frágeis, sem ânimo é próprio do ser humano, ninguém é intocável, e por vezes vivemos situações que nos destroem por dentro e por fora. Não conseguimos mais esconder a situação em que nos encontramos. Só que depois de todas as quedas dadas e das vezes em que nos levantamos era injusto desistirmos agora.
Levantar após cada queda, curar as feridas e olhar em frente é o nosso caminho em direcção ao futuro! Fazermos algo por nós próprios e não ficarmos à espera de que os outros construam os nossos alicerces. Existem pessoas que nos ajudam na construção da nossa obra que marca a nossa passagem neste mundo. Mas nós é que temos que ser os mestres e os obreiros, porque senão não deixaremos marcas e não seremos lembrados por aquilo que fomos, mas por aquilo que poderíamos ter sido.
O ser humano tem uma capacidade que ele próprio desconhece da sua capacidade de resistência, cai, levanta-se só precisa de acreditar em si próprio e não se deixar arrastar, ou ficar parado como as águas turvas de um riacho.
Tem de se deixar deslizar pelas margens da vida como um rio em direcção à foz, saber que a sua vida tem um objectivo, um sentido!
Mesmo disfarçando um sorriso, uma alegria que não tem , o mundo não pára! Ele terá de recomeçar nem que para isso tenha que esconder ou deixar cair uma lágrima pelo rosto, limpá-la e continuar a sua obra. A obra inacabada que é a vida.

pensadora

publicado por pensadora2 às 20:34
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Quinta-feira, 1 de Setembro de 2005

contigo quero aprender...

bailarinos.jpg
Contigo quero aprender
o que é a unidade,
A ouvir o que não chega a ser dito,
Sentir o que tu pensas
Saber o que tu sentes

Contigo quero aprender
a saber de mim, a saber de ti!
Aprender a conhecer teu silêncio,
A entender teu dicionário mudo,
Apenas pelo calar...
Não preciso de palavras para saber de ti...
E sei que tu também não precisa delas
para me entenderes, pois,
quero acreditar no que sentimos...

Contigo quero aprender...
A respeitar o mistério que nos une
A força que nos comanda,
E a energia que sentimos...
de termos uma sintonia

Contigo quero aprender...
o valor de sermos um e sermos dois...
de sermos dois e sermos um...
É um estar juntos mesmo separados,
Numa integridade única,
De quem sabe o que quer e o que sente...

Contigo quero aprender
Que ainda tenho muito que aprender...
Que vamos encontrar a nossa realidade.
E rir, e amar, e vivermos o nosso amor,
Pois tudo isso é maravilhoso...

E que cada drama
é só nosso modo de ver a vida,
Só está nos mostrando
aquilo que estamos criando
Contigo quero aprender
a acreditar no nosso amor...
Mas nem sempre é fácil...

pensadora


publicado por pensadora2 às 21:38
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