Terça-feira, 31 de Janeiro de 2006
Sentei-me na areia da praia
tentando me acalmar
a noite estava triste
e fria ou eu assim a sentia !
O mar estava agitado
as ondas batiam forte
Contra as rochas
desfaziam-se na areia
E depressa se embrulhavam novamente
E voltavam para o mar
Indiferentes ao meu sentir!
Ali permaneci por algum tempo
Até sentir que não tinha mais forças
Para aguentar o frio ou a solidão de um
Fim de tarde de Inverno
Vários pensamentos vieram com
as ondas do mar , iam e vinham
Alguns permaneciam mais tempo..
Não sabia que fazer
Nem que caminho seguir
A lua estava no céu parada
Olhando para mim, não sei se com tristeza
De me ver assim ou tentando me ajudar
Não conseguia entender o seu brilho
Nem a sua quietude!
Por momentos olhei em volta
Não vi ninguém por perto
Não senti medo
Porque tinha o mar ali
E a noite a proteger-me
Numa atitude impensada
levantei-me e pareceu-me
Ouvir o mar surrar:
segue o teu caminho sem pensar
Deixa acontecer
Ainda fiquei por ali algum tempo
Estática , não sabia onde ir
Nem que fazer
De repente uma onda mais enfurecida
Bateu com força na areia
Assustei-me um pouco
Devagar caminhei
Sai dali olhei o mar uma vez mais
Não voltei a olhar para trás
Segui o meu caminho
Sem pensar
Aqui no silêncio da noite me encontro
Ainda com o mar no pensamento
pensadora
Domingo, 29 de Janeiro de 2006
Porque hoje foi o domingo o tempo
correu devagar e frio
Porque hoje foi domingo não tive pressas
Também não tinha onde ir
nem nenhum caminho a percorrer
Porque hoje foi domingo
Apreciei a despedida do dia
E chegada da noite , também ela
Fria e com poucas estrelas no céu
Porque hoje foi domingo deixei-me me ficar
Até mais tarde na cama
Hoje o Tempo não mandou na minha vida
Li o jornal de sempre à lareira
Olhando o encantamento do fogo
Ora mais sereno
Ora mais agitado
Tentava brilhar e aquecer
Uma sala fria.
Porque hoje foi domingo
Bati uma pequena sesta
Porque amanhã
Já não me posso entregar
Aos lençóis de tarde
Tenho de esperar pela noite!
Ouvi música e tirei da mesa de cabeça
Um dos vários livros que lá repousam
à espera de serem abertos e terminados
Nunca sei só ler um livro de cada vez
Porque hoje foi domingo fiz um pequeno jantarzinho
À lareira na companhia dos meus marinheiros
O mais velho sempre às voltas com o desporto
O mais novo envolvido em tropelias
Porque hoje foi domingo e estava frio, caiu neve
Para tristeza dos meus marinheiros a minha região não
Foi contemplada com esse manto branco..
Imagens bonitas entram-me pela casa
E lá vou eu que ter que ir cumprir uma promessa
antiga, levar os meus marinheiros a ver a neve
Só que eu e frio não nos damos lá muito bem
Por isso a promessa não está esquecida
Mas adiada
Porque não nevou aqui?
Talvez a neve não quisesse gelar
Ainda mais o meu coração
Um coração que sente frio e calor
Um coração que sente saudade
Um coração que hoje tentou
Não se entregar a dores nem tristezas
Coloquei-as na janela e uma brisa fria
Arrastou-as para longe
Porque hoje foi domingo
Tive tempo
O silêncio
É que é mais difícil
Porque com dois marinheiros
Irrequietos em casa
O silêncio
Só entra noite dentro e muitas vezes
Interrompido pelo choro do
Mais pequeno.
Mas o silêncio apesar de um aliado
Também é um amigo traiçoeiro
Porque com ele vêm mais depressa
Lembranças e memórias que quero
Apagar! Porque essas nunca entram
De férias nem ao domingo!
Mas a sua alegria
Faz quebrar o frio
E traz coragem para acordar
Amanhã !
Que já não será domingo
O Tempo volta a comandar
Não há lugares a preguiça
Ou jantares à lareira
Tudo começa manhã cedo e termina
Já pela noite dentro
E porque hoje ainda é domingo
Vou comer um bocadinho de chocolate
Sem me preocupar com as calorias !!
A vida é só preocupações
Mas porque hoje foi domingo e estava frio
Deixei-me enroscar pelo prazer
De ser domingo
pensadora
Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2006
Onde quer que um homem
dentro de si
esconda a solidão
já não está só no mundo...
O que dentro dele bate
É o amor profundo
De outro coração
Virgílio Alberto Vieira
Quando abrimos os olhos para este mundo...somos recebidos por uma luz que em muitos casos uma luz de amor chamada mãe.
Que nos acarinha, protege, defende ...e ama mesmo quando não fazemos o percurso de vida que ela traçou sonhou, desejou , ambicionou...
Trazemos dentro de nós um coração.
Um coração que nos primeiros anos de vida tem uma forte ligação à família... à mãe...
Só que o corpo vai crescendo, e o coração caminha junto...e outras luzes vêm em nossa direcção, amores desmedidos, amores que nos parecem eternos. Cada vez nos vamos afastando mais da luz inicial...ficando muitas vezes meio perdidos...
Ao longo da vida vamos conhecemos tantas coisas , delineamos tantos sonhos, vivemos o presente inventamos o futuro...algo tão desconhecido que não sabemos se vai acontecer porque a vida é nossa mas não nos pertence. Somos poeira ao vento que nos arrasta para lugares mágicos , para lugares de medo, e sentimo-nos frustados como agua entre os dedos...que escorrega....pensamos nas razões, nas perdas da vida, na infância , nos ideais que tivemos e perdemos, nos caminhos que nos dividem ....
Por mais só ou triste que a nossa alma se sinta há sempre uma luz na nossa direcção que nem sempre conseguimos vislumbrar porque temos os olhos encharcados de lágrimas e tentamos proteger o nosso coração com grades bem fortes para assim não entrar amor nem dor, tristeza nem alegria, encantamento ou desilusão...como se fosse possível tornaram-nos insensíveis aos sentimentos que abundam em cada canto em cada esquina...
Dentro de nós existe um coração que bate por outro coração...que bate por outros amores...por pequenas coisas....
Quando o coração deixar de bater não é só a morte física que nos arrasta , é também a morte em vida de um ser que deixou de ter sentimentos!
Um coração que bate...com força, solidão e ternura como uma pétala suave...
pensadora
Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2006
Ontem a conversar com uma amiga veio me à memória este termo, porque eu sempre me considerei uma solitária vagabunda, não porque corra de bar em bar, tente encontrar afectos furtivos num copo de bebida e sonho
. Ou porque ande a vaguear nas ruas sem destino!
A minha solidão é uma entrega total a mim, sem horas para acordar e deixar-me embalar pela noite, ler até os olhos me doerem, escrever até esgotar a minha alma de ideias que possam ser lidas ou contadas
.ouvir músicas que me tragam à memória factos e sonhos passados, desilusões ou ilusões vividas em determinado altura.
Abrir a janela e deixar a musica voar ao ritmo das estrelas e soltar entre os meus dedos um fumo cinzento só pelo prazer de o ver desaparecer no horizonte, ser arrastado pelo vento e enamorado por alguma estrela que o encantou.
Sinto falta destas noites solitárias entregue a mim própria aos meus devaneios, sem ninguém interromper os meus pensamentos, os meus sonhos, as minhas ilusões.
Deitar quando a manhã começa a despertar e acorda as estrelas , às vezes também ensonada e há dias em que prolonga a noite para não ter que se levantar, dias em que o sol demora aparecer porque a manhã sente-se cansada de acordar todos os dias quase à mesma hora
ao som dos galos, do barulho dos carros, empurrada pelo Tempo esse senhor que comanda as nossas vidas!
É o Tempo que determina as horas para dormir, jantar, trabalhar para ir ao médico, ao cinema
e às vezes temos tanta pressa , sem tempo para esperar . Só que o senhor Tempo não dá tréguas ele é rei e senhor
e somos tantas vezes repreendidos por sua causa. Basta uns minutos de atraso para ele na sua calma se irritar
. O tempo é um velho senhor que já viu tantas coisas, que já assistiu a rostos alegres, a rostos amargurados só porque chegaram tarde demais, mas ele não se comove e prossegue a sua viagem
. Aprendeu a não se comover e deixar correr o dia, a noite o amanhecer
Queria ter tempo para ser uma solitária vagabunda, não ter horas para dormir ou comer, não ter que ouvir aquele som irritante logo que a manhã está a despertar avisar-me que está na hora de saltar da cama, sempre com a sensação que dormi depressa demais, tantas vezes penso em não me levantar ignorar aquele som como se fosse engano e continuar a dormir
mas não sou vagabunda solitária e tenho de ir
outras pessoas me esperam.
Sinto falta do silêncio da noite interrompido pelo carro do lixo , ou por um carro espaçado que se esqueceu de ir para casa e que anda provavelmente a vaguear pelas ruas desertas para não encontrar as luzes apagadas e a noite passar mais rápida..
Quero ser vagabunda solitária viajar pela noite dentro, olhar pela janela e procurar no silêncio da minha alma a minha existência e levar a minha vida na palma da minha mão e entregá-la ao vento.
Queria desatar de mim todas as amarras e na noite encontrar o caminho da solidão , mas uma solidão sem o ser, apenas uma forma de me encontrar , livre de tristezas e cansaços
Que saudades eu tenho se ser vagabunda solitária e parar o tempo para não ter que me preocupar em cumprir as regras impostas pelo Tempo
pensadora
Segunda-feira, 23 de Janeiro de 2006
Aguardo, neste porto
Um barco que me leve
para terras desconhecidas
não me façam perguntas
porque não tenho respostas
e nem me peçam motivos
pois eles são tantos,
e tão diversos
que certamente ficavam
cansados de tanto ler.
Ou talvez nem eu saiba as
razões desta vontade de partir
sem amarras e sem obrigações
de voltar ao mesmo porto.
Sinto os meus pés cansados
minhas mãos doridas de
remar contra a maré
preciso de partir
para descansar!
Quero apenas que saibam
que se pudesse partia já hoje
seria quase um renascer
na busca de um novo porto de abrigo
onde nunca fui
que nunca alcancei.
Sinto e sei que existe
além do horizonte
que vislumbro
está lá, eu sei,
em algum lugar
da bagagem
que carrego comigo.
Só preciso encontrar o caminho
e, no momento certo,
abrir minha mala
e procurar
o que guardei sempre
e que nunca consegui
vislumbrar neste mundo agitado
em que vivo!
Por isso vou esperar um barco
um navio, um paquete, um veleiro
pouco me importa
desde que me leve para outro porto
e contemple o que está do outro
lado do horizonte.
A paz o amor, alegria de viver
Que tanto anseio !
Enquanto o barco não chego,
fico nesta margem
mas não vou perder
o horizonte de vista
para avistar o meu barco quando ele chegar!
E me leva sem rumo destino ou direcção...
Quero partir!
pensadora
Quinta-feira, 19 de Janeiro de 2006
Hoje o Sol entrava pelas vidraças da minha sala de trabalho por momentos senti vontade de pegar no casaco e sair porta fora sem dar explicações a ninguém. Agir como senão houvesse amanhã !
Sair porta fora e ir à procura de todos quanto gosto, ou gostei daqueles que ainda me vêm à lembrança, que numa dada altura da minha vida fizeram parte dela e por razões várias como a distância, perdi de vista.
A ti queria te olhar nos olhos , ouvir o teu sorriso e dizer-te que apesar de já não fazeres parte da minha vida, continuas a fazer moradia no meu coração. Queria sentar ao teu lado e falarmos até cansar do presente e do futuro e do passado apenas trocar breves palavras desbotadas nesta tela da vida!
Ouvir a nossa música e ficar em silêncio
gravar o teu sorriso , o teu jeito , o teu olhar como senão houvesse amanhã
Queria correr pela praia , sentir a brisa fria no meu rosto, conhecer a magia do bater das ondas e procurar todas as pessoas que um dia amei, gostei ou simpatizei
Sem pressa sentava à beira do mar e guardava para mim os belos momentos da vida
Queria pedir desculpa a quem magoei, queria dizer a todas as pessoas que são importantes na minha vida para não se irem embora
Queria correr livre pela areia abrir os meus braços e sentir os meus marinheiros correrem para os meus braços, cairmos na areia molhada , fazermos cócegas
atirar areia ao ar sem nos preocuparmos se sujamos os pés o carro o ou a casa
Queria que Tu meu presente viesses ao meu encontro e brincasses connosco, enrolar-te nos meus braços e oferecer-te uma flor apanhada num qualquer jardim sem medos, nem receios ou preconceitos
Não te deixar afastar mais de mim , segurar as tuas mãos e pedir-te para ficares ao meu lado para sempre
Eu sei que nem sempre digo o que sinto ou que penso, mas tu já me sabes ler no olhar adivinhas-me o que me vai na alma
E assim ficávamos os quatro de mão dada, sem pressas , a olhar o mar e a brincar na areia
Mas sabes depois deste momento de sonho alguém me chamou e percebi que afinal há amanhã
mas que ele pode ser o mensageiro da luz , por isso neste breves momentos de sonho acordada caminhei em tua direcção
Afinal há amanhã e não tive coragem para abandonar o trabalho, não tive ousadia para fingir que não haveria amanhã
Olhei para a janela e voltei ao trabalho
e deixei o sonho a criar raízes dentro de mim
Mas quero que saibas que haja ou não amanhã ter te conhecido é algo que me dá força, para continuar a viver um dia de cada vez
E sonhar acordada
pensadora
Terça-feira, 17 de Janeiro de 2006
Ainda que...
Ainda que não escreva um livro, sou a escritora da minha vida.
Ainda que não seja um pintor famoso... posso fazer da minha vida uma obra-prima.
Ainda que cante desafinado... a minha existência pode ser uma linda canção.
Ainda que não entenda nada de música... a minha vida pode ser uma sinfonia harmoniosa.
Ainda que não tenha estudado comunicação ... a minha vida pode transformar-se numa reportagem de fazer inveja a tantos jornalistas.
Ainda que não seja uma pessoa cheia de sabedoria... posso cultivar a sabedoria da amizade, do carinho e do amor.
Ainda que meu trabalho não seja aquele que sonhei, posso tentar transformá-lo em momentos de alegria e prazer.
Ainda que tenha quarenta, cinquenta, sessenta ou setenta anos... posso tentar sempre manter o meu espírito aberto.
Ainda que as rugas já marquem o meu rosto... tento fazer sobressair a minha beleza interior.
Ainda que meus pés tentem fraquejar nos tropeços e pedras do caminho... o meu rosto pode sempre sorrir e olhar enfrente.
Ainda que as minhas mãos conservem as cicatrizes dos problemas e das incompreensões... dos meus lábios podem sair palavras de conforto e compreensão.
Ainda que lágrimas percorram o meu rosto... continuo a ter um coração disposto amar.
Ainda que não o compreenda sei que um dia direi adeus
.para sempre!
Ainda que viva na escuridão sei que lá fora pode haver uma luz sempre na minha direcção.
Ainda que a noite esteja fria e escura posso tentar aquecê-la com as minhas lembranças de outras noites.
Ainda que não queira a rotina tento viver pequenos momentos que fazem a diferença.
Ainda que a noite agora esteja a começar uma coisa eu sei que amanhã se irá recolher e irá dar lugar ao dia
pensadora
Domingo, 15 de Janeiro de 2006
Passaram três anos desde o dia em que abriste os olhos para ver o que te rodeia , não trazias bagagem , mas pressa em chegar, vieste ligeiramente adiantado, talvez estivesse cansado de estar fechado no meu ventre e quisesses conhecer o mundo cá fora. Um mundo que eu te fui dando a conhecer enquanto estiveste dentro de mim e te tentava proteger de tudo que te podia magoar.
Logo nas primeiras horas e dias de vida, mostraste a tua personalidade apesar da tua pequenez .
No primeiro dia que vieste para casa lá fora a chuva batia forte na janela, o frio estava instalado nas paredes e no meu cansaço, na minha falta de forças para te ouvir gritar a noite inteira e sem saber como te fazer calar, parecia que cada tentativa falhava e eu não tinha forças para lutar mas não desisti!
Como nunca desisti ao longo destes três anos em que nunca foste uma criança fácil, a determinação, a teimosia são o teu cartão de visita, tal como a tua vivacidade e alegria!
És hoje um matulão que nada tem haver com o bebé pequeno e enrugado de há três anos atrás, mas continuas com um ar de bebé crescido
a tua linguagem vai se aperfeiçoando em cada dia que passa, mas hoje tiveste um contador que toca e faz barulho ficaste feliz, na hora de apagar as velas e não deixaste o teu irmão apagar por ti
Estavas eufórico com a pesta
Ao longo destes três anos tanta coisa mudou na tua vida, na minha
afinal apenas três anos de vida algo atribulados. Não tens sido um marinheiro fácil de comandar embora sejas um marinheiro meigo e carinhoso mas também um pouco agitado
nunca estás parado ou quieto!
Agora repousas meu marinheiro cansado por um dia em que foste o rei , o centro das atenções
Sabes marinheiro sei que daqui para a frente vais ser mais forte, determinado e mais difícil de conduzir
mas eu só quero estar presente para partilhar os dias de alegria como o de hoje e os de tristeza que a vida te irá oferecer
.sei que as tuas pernas vão crescer e vais te soltar do meu colo, mas quero que saibas meu marinheiro que podes contar sempre com o meu abrigo, sempre te irei aceitar mesmo com o teu ar rebelde e traquina, vou tentar sempre aconselhar-te nem que não me ouças ou sigas e irei enquanto puder proteger-te , sorrir-te saber ouvir-te e encantar-te nem que já não queiras ouvir as minhas histórias de embalar nem que me deite ao teu lado para dormir
Agora descansa meu marinheiro, sei que de noite vou ouvir os teus passos em direcção ao meu camorote pego em ti e abraço-te contra mim! Tento acalmar-te e ficamos os dois até ao amanhecer
Amanhã é mais um dia de tropelias e brincadeiras, de sonhos e fantasias
Descansa marinheiro!
pensadora
Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2006
Estava um pouco cansada da imagem desta página, resolvi sentar e pedir ajuda a quem sabe para mudar o rosto a este meu canto...
Este canto que partilho com amigos, conhecidos, desconhecidos, que já sentiram nas minhas palavras : lágrimas , saudades, sorrisos, emoções
diversas! Que tantas vezes nem eu sei explicar!
De um jeito ou de outro sinto que me respondem que me ouvem
que sentem sem me verem ou tocarem o estado da minha alma.
Hoje senti uma inquietude uma vontade de mudar algo, recordei pessoas do meu passado ,presente, perguntei-me por onde andam, apetecia-me correr por este mundo fora sem destino ou direcção
abraçar todos que já não vejo algum tempo, não ir trabalhar, não voltar para casa
Queria fazer algo de diferente, pensei, dei voltas à cabeça mas não consegui alterar a rotina, é tão difícil alterar um simples dia numa vida encaixada nos carris como se de um comboio se tratasse, se a maquina muda tudo atrás pode descarrilar..
então lá segui o meu caminho, olhando enfrente tentando afastar os fantasmas
Como nada consegui fazer de diferente, pedi ajuda a uma amiga e arrumei esta casa, dei-lhe uma cor nova , um fundo diferente
o mar
a minha grande paixão, o meu grande amigo e confidente
.
Quem tiver paciência para me dizer como se alteram as páginas dos blogs que me diga porque às vezes é preciso virar as páginas
.e eu preciso de virar algumas em minha vida, comecei por esta
É um início
sai um pouco da minha inércia
e como as minhas costas não gostam de estar aqui muito tempo
vou me deitar e ler
Viagem se regresso às vezes apetecia-me partir e não voltar
.
Espero que continuem aparecer...
pensadora
Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2006
" O azul é a pele do céu e as nuvens são as sardas que salpicam o poeta é um farol a iluminar as palavras que ainda ninguém usou"
" O sonho é uma árvore a crescer dentro do sono"
( José Jorge Letria)
" O amor não é passado nem futuro. O amor é agora!
E só no agora pode se tornar realidade. O resto não passa de saudade ou de esperança"
....pensadora