Domingo, 26 de Fevereiro de 2006
Hoje o dia estava frio, o vento
Batia nas vidraças com força
E eu tentei-me proteger
Refugiando-me no meu abrigo
E tentei lembrar de mim
Do meu passado e do meu futuro
Com carinho e prometi no silêncio
Do meu sentir que
Tentarei estar perto de todos que gostam
De mim
Nunca os deixar sozinhos
Mesmo que sinta o meu coração
Cansado e em pedaços.
Tentarei pensar em mim, em ti
em nós
Sem cometer enganos,
Prometo fazer planos e acreditar
Que o vento forte levará para longe
As dificuldades e as dores
E com sensatez tentarei enfrentar
Um dia de cada vez!
Tentarei pensar em mim e em ti
como
Um ombro amigo cada vez mais forte
E mais segura que um dia
O vento acalmará
E o Sol voltará a brilhar
E no meio das minhas inseguranças
Conseguirei construir um porto de abrigo
Para todos que amo!
Tentarei pensar em mim e em ti..
E aperceber-me que tudo nesta vida
É passageiro
e tentar encontrar
De uma forma suave a verdade
Para tudo o que sinto
Porque sei que uma mentira
Não se esconde uma vida inteira
E eu já desisti de mentir para mim
Para ti
Não sei o tempo de amanhã
Mas tentarei pensar em mim e em ti
E sonhar que um dia tudo será mais fácil!
Mas mesmo assim quero que saibas que nunca
Desistirei de pensar em mim
em ti
Em nós e com ternura
Afastaremos ventos e tempestades
Tentarei pensar em mim em ti
Em nós!
pensadora
Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2006
Nesta altura do ano os disfarces e as máscaras são autorizadas , confesso que não aprecio talvez porque ao longo do ano já vivemos momentos em disfarçamos emoções, calamos palavras , silenciamos lágrimas , ouvimos desabafos quando queríamos soltar o que nos ia na alma
uma época de alegria neste jogo da vida..Tento deixar-me soltar nas músicas da alegria
mas continuo a perder me nas melodias do amor
que falam de sentimentos
Mas hoje ao longo do dia cruzei-me com várias crianças que deram sonho e corpo aos seus heróis dos desenhos animados e clássicos do cinema como Spide Man , Homens Aranhas, Zorros, Princesas e Bruxas, Palhaços alegres
que sorriem. Muitas mal dormiram com a euforia de despirem as suas roupas de pequenos adultos responsáveis e darem corpo aos seus Heróis e por um dia sentiram-se envolvidos num pequeno sonho
Eu não me lembro de fantasias de infância , não gosto de desfilar fingindo quem não sou
mas admiro quem nos próximos dias esquece o frio e as tristezas e veste personagens e dança ao som de músicas que convidam à dança e tentam por um dia sorrir e fazer sorrir quem os vê dançar entre lantejoulas, carros alegóricos
nesse dia não há lágrimas nem rostos tristes
apenas sorrisos e risos rasgados em rostos que nem sempre se cruzam com a alegria no dia a - dia
Eu prefiro continuar a vestir-me de quem sou, já não tenho personagens para dar vida
tenho dentro de mim, o mesmo de ontem, o mesmo de amanhã
uma personagem com nome próprio, idade definida, preocupações, alegrias, sorrisos, e lágrimas , palavras ditas e por dizer
continuo a sentir frio nesta noite em que a chuva cai miudinha e não a posso mandar parar, como não consigo prolongar o dia adiando a chegada da noite e com ela o silêncio, a solidão e a sensação de que pouca coisa mudou ...e continuo a personagem de todos os dias
Que importa o que manda o calendário
se ele pede sorrisos, alegrias e euforia dentro de mim continuo a ser a mesma de ontem
com o coração marcado por saudade, amores e desamores, um passado e um presente
um futuro incerto
mas já não acredito nas magias das fadas, nas maldades da bruxas , nem com os super homens
que aparecem sempre nas horas mais difíceis e salvam a humanidade
.com esses personagens não autorizados vamos nos cruzando ao longo do ano
e por vezes tantas marcas e feridas deixam...
Pelas crianças aprecio o disfarce as ilusões, porque um dia elas perceberão que a vida é feita de desilusões
até lá que sonhem com um dia no ano em que tanta coisa hoje lhe é permitida e no amanhã lhe voltará a ser proibida
pensadora
Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2006
Não é meu hábito partilhar aqui coisas muito intimas mas há pouco o meu marinheiro mais velho fez -me um pequeno desenho a carvão que tento reproduzir aqui...e que diz:
" numa casa há 2 crianças e uma mãe que as duas crianças gostam muito da mãe e a mãe é a melhor do mundo"
Confesso que num momento em que ando algo ansiosa à espera de uns exames médicos...que podem ser tudo ou nada ...como disse o médico....
Estas palavras fizeram-me deixar cair umas lágrimas no silêncio da minha dor....
Acredita meu marinheiro nesta casa também há uma mãe que vos AMA muito e promete lutar por nunca vos deixar sós nesta casa....
Desculpem a lamechice...
um poema muito bonito que aqui deixo também que rabusquei nos meus livros:
Mãe Negra
A mãe negra embala o filho
canta a remota canção
Que os seus avós já cantavam
Eram noites sem madrugada.
Canta, canta para o céu
Tão estrelado e festivo
è para o céu que ele canta
Que o céu
às vezes também é negro.
No céu
Tão estrelado e festivo
Não há branco , não há preto,
Não há vermelho e amarelo
- Todos são anjos e santos
Guardados por mão divinas.
A mãe negra não tem casa
Nem carinho de ninguém...
A mãe negra é triste, triste,
E tem um filho nos braços...
Mas olha o céu estrelado
E de repente sorri
Parece-lhe que cada estrela
É mão acenando
Com simpatia e saudade.
( Aguinaldo Fonseca)
Cabo Verde
Sou uma mãe branca com duas crianças para embalar
às vezes também olho o céu e não vejo estrelas
Mas tenho as aqui !
Quero ver as estrelas daqui mesmo em noites escuras
embalando uma criança
em cada braço...
com uma pequena lágrima...
pensadora
Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2006
"Minimamente, a ausência pode provocar saudades,
no máximo, pode fazer com que
nos acostumemos a ela."
Silvana Cervantes
A ausência pode levar à saudade e para isso bastam coisas tão simples, como um cheiro, uma música, um lugar, um livro, um jornal...
Mas será mesmo que nos acostumamos à saudade ou apenas nos acomandamos a ela?
A saudade pode atenuar-se mas não desaparece...deixa o vazio...deixa bancos abandonados à espera de serem ocupados...com amores ou lembranças...
pensadora
Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2006
Descansa os teus olhos, que voam magoados.
Sobre as inquietas águas dos enganos
E se a agonia, que reina em tua dor
Te der som à palavra, desabafa!
Eu oiço.
Sabe bem ter alguém para ouvir
mesmo que não se consiga resolver
o que te perturba
Acredita que conforta!
Eu não tenho compromisso ou pressa
Deixa aqui a tua cabeça,
Onde o silêncio tem voz de companhia,
Onde chorar não é vergonha nem fraqueza
Traz, se puderes , à luz do dia,
Essas mágoas caladas de sofrimento
Eu tento ajudar!
( Se preferires depois, no fim, eu esqueço tudo...
Deixo correr pelo rio tudo o que ouvi...)
Acho que Deus desenhou
o ombro humano
Perfeito , ondulado e quente
Para ouvir e acarinhar amigos, amores, filhos...
e de quem ele precisar !
O meu ombro está aqui...
às vezes nem sempre encontro um
Mas não desisto de o procurar...
pensadora
Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2006
" Ante o frio
Faz com o coração
o contrário do que fazes
com o corpo:
despe-o
Quanto mais nu,
Mais ele encontrará
o único agasalho
Possível
-um outro coração."
Couto , Mia- A Chuva Pasmada"
No fim de semana enquanto deixava os meus marinheiros correrem livres pelo parque esta imagem chamou-me atenção...estava meia perdida, sózinha entre as pedras de um terreno massacrado pelo Inverno. Ela tentava resistir ao Inverno até à chegada da Primavera...
Também nós por vezes tentamos viver o Inverno na esperança da chegada da Primavera na nossa vida, que o sol brilhe e o alguém aqueça o nosso coração...
Aquela flor está presa, não pode fugir por isso só lhe resta tentar resistir já com algumas pétalas caídas pelo chão...arrastadas pelo vento....
Nós temos pernas, braços...tentamos muitas vezes fugir, só que as nosssas pernas parecem ter raízes bem fundas presas à terra e não conseguimos caminhar, temos medo da mudança , do desconhecido , do incerto e então ficamos num jardim quase deserto à espera da Primavera da vida que tarda em chegar....
Temos horas que sentimos vontade de ignorar as regras da vida...de viver uma vida louca
sem raízes a prender-nos...
Quem já não teve essa vontade?
Por um segundo, por um minuto...
Por uma hora?
De soltar os impulsos...
Se soltar a vontade...
de voar na imaginação
Cair na tentação do querer...
Explodir em sentimentos...
Conhecer o desconhecido?
Só que o medo é mais forte
E assim vamos ficando
presos na segurança aparente
de uma vida estável...
Vivendo de sonhos. mas acabamos
por nos entregar à cobardia
Permitindo muitas vezes que os outros
conduzam a nossa vida,
E nós não conseguimos soltar as
amarras...para não magoar ninguém
e para não fugir das regras da vida...
E vamos caminhando dia a dia
culpando a vida
O direito de ser feliz,
e oportunidade de aproveitar
todas as estações da vida!
Só que às vezes é tarde demais e só nos resta o Inverno...e resistir a ele...presos num qualquer canto...do nossa alma!
pensadora
Segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2006
Hoje ao longo do dia dei por mim a pensar
Que esta vida tanto pode ter
momentos intensos
De alegria
Como momentos da mais
pura tristeza e dor
Dei por mim a pensar que são coisas da vida!
Dei por mim a pensar que amanhã é o dia dos namorados
Muitos mimos irão ser trocados, palavras tantas vezes silenciadas ao
Longo do ano amanhã vestirão uma roupa bonita
E sairão à rua
Acompanhadas de jantares, velas e
ramos de flores
Vidas diferentes que um dia se encontraram
E emoções que foram nascendo!
Dei por mim a pensar que a vida
É um grande desafio
Mesmo para aqueles que amanhã
Não tenham ninguém com quem trocar mimos
Certamente um dia já o tiveram
E relembram com saudade
Ou sonharão com momentos do futuro...
Viver pode ser uma grande luta
Ou uma simples brincadeira..
Dei por mim a pensar que a vida se pode
mostrar simples e atraente
que passa a grande velocidade
e que por vezes se
esbarra em dificuldades
em tristezas, em sofrimentos
que tantas vezes ,
teimam em persistir
Os dias parecem ligeiros,
quando neles projectamos
a nossa felicidade...
Os dias parecem eternos,
quando nossos sonhos
ficam tão submersos
nos pensamentos do amor....
Dei por mim a pensar
Em quem já não sofreu uma dor ?
por mais pequena que ela tenha sido
marcou e de vez em quando faz-se lembrada!
Dei por mim a pensar quem
Já não pediu
que o tempo parasse
para que os dias de luz voltassem?
Dei por mim a pensar que estranha é a vida
eu saio dela, olho pelo lado de fora
estranho o caminhar
tantas pessoas que não se olham
e tem que enfrentar o dia
e tantas pessoas que se amam
nem ao menos se podem olhar
Dei por mim a pensar que
não queria pensar
não queria saber sonhar
não queria guardar as recordações
dentro de mim...
queria ser egoísta
deixar de amar
ou talvez apenas me amar...
Dei por mim a pensar que importância teria o meu amor
Por mim própria senão tivesse com
Quem o repartir?
Se não tivesse com quem sufocar
as saudades e alguém me voltar a mostrar
Um dia de alegria e felicidade
Dei por mim a pensar que não queria
Pensar apenas viver o momento
pensadora
Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2006
És frágil como o cair da noite!
A noite cai, e com ela a tua fragilidade torna se transparente.
Ontem, longe e com o cair da noite senti a tua fragilidade!
Corri ao encontro dela! Caminhei num sentido como se alguém me chamasse.
Encontrei-te.
Ao ver-te fiquei sem palavras! Eras tu?
Estavas diferente, o teu olhar era vazio. Aquele olhar que eu conhecia não era o mesmo. Um olhar vivo , alegre estava apagado
sem destino , rumo ou direcção
concentrado num computador desabafando mágoas e dores..
Fixei-o. Fiquei entre o meu olhar e o teu e não me conseguia libertar.
Não conseguia falar, o teu olhar era tão forte que me prendia!
Estavas perdida! E eu ao teu lado imóvel.
De repente soltaste algumas palavras." Que fazes aqui?"
E eu presa ao teu olhar, pensava em silêncio.
" Vim no cair da noite ao encontro da tua fragilidade."
E no silêncio fiquei presa ao teu olhar.
O tempo vai passando e cada dia que passa conheço mais a fragilidade do teu olhar
E tu, com o cair da noite deixas transparecer ainda mais a tua fragilidade. Apesar do teu ar forte, alegre e de lutadora!
És Frágil como uma peça de cristal ... que quebra mas depois volta a colocar todos os bocadinhos e regressa ao seu lugar para enfeitar uma casa um espaço
dar vida a um espaço vazio.
Ninguém repara no seu sofrimento
porque as pessoas olham mas não vêm , ver e olhar é diferente
Eu tento ver-te não só olhar mesmo quando tu queres esconder de todos até de mim
A tua fragilidade faz-me correr estrada e obstáculos , mas prometo que não te deixarei cair
Mesmo frágil estarei aqui! Sempre!
pensadora
Terça-feira, 7 de Fevereiro de 2006
( hoje vou contar uma história diferente , uma história para crianças, mas não vão já embora continuem a ler
porque talvez muitos de nós nos identifiquemos com este conto
)
O sapo estava sentado à beira do rio.
Sentia-se esquisito.
Não sabia se estava contente ou se estava triste.
Toda a semana tinha andado a sonhar.
Que é que teria?
Então encontrou o Porquinho.
- Olá, Sapo - disse o Porquinho. - Não estás com muito bom ar. Que é que tens?
- Não sei - disse o Sapo. - Tenho vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. E aqui dentro de mim tenho uma coisa que faz tum - tum.
- Talvez estejas constipado - disse o Porquinho. - É melhor ires para casa e meteres-te na cama.
O Sapo continuou o seu caminho. Estava preocupado.
Depois passou por casa da Lebre.
- Lebre disse ele -, não me sinto bem.
- Entra e senta-te um bocadinho - disse a Lebre, muito simpática.
- Ora então, que é que tens?
- Umas vezes fico com calor e outras vezes fico com frio. E aqui dentro de mim tenho uma coisa que faz tum-tum.
E pôs a mão no peito.
A Lebre pensou muito, como um verdadeiro médico. Depois disse:
- Já sei. É o teu coração. O meu também faz tum-tum.
- Mas o meu às vezes faz tum-tum mais depressa do que de costume - disse o Sapo.
- Faz um-dois, um-dois, um-dois.
A Lebre foi buscar à estante um grande livro e pôs-se a virar as folhas.
- Aha! - disse ela. - Ora ouve. Coração a bater acelerado, ataque de calor e de frio
quer dizer que estás apaixonado!
- Apaixonado? - disse o Sapo, surpreendido. - Ena pá! Estou apaixonado!
E ficou tão contente que deu um salto enorme pela porta fora.
O Porquinho assustou-se muito quando o Sapo de repente caiu do céu.
- Parece que estás melhor - disse o Porquinho.
- E estou! Sinto-me óptimo - disse o Sapo. - Estou apaixonado!
- Bem isso é uma boa notícia. Por quem é que estás apaixonado? - perguntou o Porquinho.
O Sapo não tinha tido tempo para pensar nisso.
- Já sei! - disse ele. - Estou apaixonado pela linda e adorável patinha branca!
- Não pode ser - disse o Porquinho. - Um Sapo não pode estar apaixonado por uma pata. Tu és verde e ela é branca.
Mas o Sapo não se importou com isso.
Não sabia escrever, mas sabia fazer bonitas pinturas.
Quando voltou para casa fez uma pintura linda, com vermelho e azul e muito verde, que era a cor que ele gostava mais.
À noite, quando já estava escuro, saiu com a pintura e enfiou-a por baixo da porta da pata.
Com a emoção, tinha o coração a bater com toda a força.
A Pata ficou muito admirada quando encontrou a pintura.
- Quem é que me terá mandado esta linda pintura? - exclamou ela, e pendurou-a na parede.
No dia seguinte o Sapo colheu um belo ramo de flores.
Ia oferecê-las à Pata.
Mas quando chegou à porta não teve coragem para a enfrentar.
Pôs a flores na soleira da porta e fugiu o mais depressa que pôde.
E assim continuaram as coisas, dia após dia.
O Sapo não conseguia arranjar coragem para falar.
A Pata andava muito contente com todos aqueles belos presentes.
Mas quem é que os mandaria?
Pobre Sapo!
Perdeu o apetite e à noite não conseguia dormir
E as coisas continuaram assim durante semanas.
Como é que havia de mostrar à Pata que gostava dela?
- Tenho de fazer uma coisa de que mais ninguém seja capaz - decidiu ele. - Tenho de bater o recorde do mundo de salto em altura! A Patinha vai ficar muito surpreendida, e depois ela também vai gostar de mim.
O Sapo começou logo a treinar.
Praticou salto em altura durante dias a fio.
Saltava cada vez mais alto, até às nuvens.
Nunca nenhum sapo do mundo tinha saltado tão alto.
- Que terá o Sapo? - Perguntava a Pata preocupada. - Saltar assim é perigoso. Ainda acaba por se magoar.
E tinha razão.
Às duas horas e treze minutos da tarde de Sexta-feira, as coisas correram mal.
O Sapo estava a dar o salto mais alto da história quando perdeu o equilíbrio e caiu ao chão.
A Pata, que ia a passar nessa altura, veio a correr ajudá-lo.
O Sapo mal conseguia andar. A Pata amparou-o com carinho e levou-o para casa. Tratou dele com toda a ternura.
- Ó Sapo, podia ter-te matado! - disse ela. - Olha que tens de ter cuidado. Gosto tanto de ti!
Então, finalmente o Sapo lá conseguiu arranjar coragem:
- Eu também gosto muito de ti, querida Pata - balbuciou ele.
Tinha o coração a fazer tum-tum mais depressa do que nunca, e ficou com a cara muito verde.
Desde então, amam-se perdidamente.
Um sapo e uma pata
Verde e branca.
O amor não conhece barreiras.
"Max Velthuijs"
Ao longo da vida já muitos de nós nos sentimos sapos ou patas porque não queríamos ou a sociedade não nos deixava amar alguém só porque não era da nossa raça, cor, religião extracto social ou porque era do mesmo sexo
E fomos escondendo esse amor , alguns vencemos outros deixámos nos vencer por medo inseguranças incertezas
e continuamos a pensar no sapo ou na patinha branca e como tudo poderia ser diferente
Será que o amor conhece barreiras? Ou alguém tem o direito de as colocar?
pensadora
Domingo, 5 de Fevereiro de 2006
Antes que amanheça abraça-me
Antes que o dia desperte aperta-me nos teus braços
E faz do momento uma eternidade
Antes que amanheça e tenhas que partir
Envolve-me no calor dos teus braços
Sorri-me num sorriso rasgado
Que me afaste da tristeza e da solidão
Antes que amanheça e a realidade desperte
Deixa o teu cheiro e o teu calor no meu corpo
Faz-me sentir protegida amada e desejada
Antes que amanheça e o dia clareie
E a rotina se instale dá me a tua mão
E vamos apreciar o luar
E sonhar com o Infinito
E mais além!
Antes que amanheça e tenhas que partir
Abraça-me e não digas nada
Olha-me apenas no silêncio da noite
Não deixes que o frio se instale!
Antes que amanheça e a noite se despeça
Abraça -me como se fosse a primeira vez
Deixa-me contornar o teu rosto
O teu sorriso a tua alegria
e guardá-las até ao teu regresso!
Antes que amanheça abraça-me apenas
Para eu não sentir que vais partir
E sem palavras apenas num abraço
Esperemos o amanhecer
Abraça-me apenas
pensadora